segunda-feira, 29 de abril de 2013


A razão da solidão, sem razão

Os dias passam cada vez mais rápidos para a felicidade
Para a solidão eles são inacabáveis.

A tristeza absorve cada segundo do dia, 
Como se o dia não tivesse hora para acabar.
A imensidão do vazio transforma as horas,
A angustia toma conta do ser.
Dentro de tudo onde nada mais parece fazer sentido
Perto do fim onde nem começou,
Sinto o frio do vazio que me envolve
Da angústia que se alimenta da minha mente
A dor absorve a razão, que sem razão me abandonou
Que sem pensar me deixou e sem olhar não me perdoou
Sinto o frio da solidão, 
Dos caminhos que a nenhum lugar me levam
Das horas que me consomem entorpecendo minha mente.
Os minutos que me julgam, os segundos que me condenam
As horas são a minha pena
Os dias passam cada vez mais lentos
E eu continuo aqui pagando minha penitência.

Não pertenço à lugar nenhum

Não queria estar aqui
Não quero dizer não, nem mesmo sim.
Percebo que não pertenço a lugar algum
Não vou a nenhum lugar
Dentro de mim só a saudade fala
Na minha alma a nostalgia de nada.
Não pertenço a você
Não faço parte desse jogo
Lugar nenhum me mantém
Nada me conforta.
A lembrança da vaga ilusão de ser
Ser algo que não sou
Não deveria estar aqui
Não pertenço a lugar algum
Nada me consola
Enquanto você não volta.
Deveria ter ido
Não deveria ter ficado
Nada me prende
Nada me deixa partir
Nada me absorve
Nada me consome
Nada me comove
Não deveria sentir.
Sua falta me entorpece
Não pertenço à lugar algum
Não pertenço à nenhum lugar
Não pertenço a você.
Eu sinto
Não queria dizer não
Mas, não quero dizer sim.

Por Juliana Peixoto